No ambiente corporativo, falar de segurança da informação normalmente significa falar de prevenção, fazendo uso de firewalls, monitoramento de rede, antivírus, autenticação multifator e criptografia. Todos esses recursos são fundamentais e indispensáveis para reduzir vulnerabilidades.
Mas a capacidade de recuperação é um ponto crítico que muitas vezes fica em segundo plano.
Investir apenas na proteção e não estruturar um plano de contingência coloca a empresa em risco. Afinal, incidentes podem acontecer mesmo em ambientes altamente protegidos, e a diferença entre horas ou dias de indisponibilidade está justamente na preparação para restaurar a operação.
Não há dúvidas de que a proteção deve ser robusta. Ferramentas de segurança são o primeiro escudo contra ataques externos e falhas internas. Sem elas, qualquer empresa fica vulnerável.
No entanto, esse é apenas o primeiro estágio da maturidade em segurança de TI. Organizações que param nesse nível podem acreditar que estão seguras, mas, na prática, continuam expostas ao risco de paralisações críticas quando o imprevisto acontece.
O plano de contingência é o conjunto de procedimentos, recursos e estratégias que entram em ação quando a falha já ocorreu. Ele garante que a empresa consiga se manter funcional, ainda que em capacidade reduzida, até que os serviços sejam totalmente restabelecidos.
Esse plano deve incluir:
Sem contingência, a proteção é apenas uma promessa. Com contingência, a empresa está preparada para lidar com a realidade dos incidentes.
Dois conceitos complementares fortalecem ainda mais essa abordagem:
Enquanto o BCP garante que a empresa siga funcionando, o DRP garante a retomada plena da infraestrutura de TI. Aplicados de forma integrada, fortalecem a capacidade da organização de manter suas operações mesmo em cenários adversos.
Investir apenas em prevenção é como construir muros altos, mas não preparar rotas de evacuação. A verdadeira maturidade em segurança está no equilíbrio entre evitar falhas e recuperar-se rapidamente delas.
Proteção sem contingência é um risco estratégico. Empresas que compreendem essa diferença não apenas se defendem melhor, mas também se mantêm competitivas, resilientes e preparadas para sustentar sua operação em qualquer cenário.
Categorias: Dicas e boas Práticas
setembro, 2025